Você Já Voou de Turbohélice ?

Quem ainda não voou em um turbohélice não sabe o que está perdendo. Me refiro principalmente aos turbohélices de maior porte como os Electras, que foram usados por décadas pela VARIG na Ponte Aérea ou um dos de médio porte, como o modelo francês ATR 72-500 que é usado pela AZUL Linhas Aéreas.

Aquela sensação de que quase não se está voando que pode ter nos jatos maiores e mais modernos não existia nos turbohélices. O ruído, a vibração, tudo estava presente para lembrar que se estava em uma máquina voadora.

Nos aviões menores o comportamento muito mais “nervoso” se soma a tudo isso. Mal comparado, é como sair de um carro de passeio e passar para um kart: qualquer pedrisco na pista e você toma um tranco… Mas, claro, não deixa de ser gostoso, é só se acostumar.

Pode ser que alguém considerem os turbohélices ultrapassados, antiguidades. Quem pensa assim está errado. Há aviões desse tipo que são de última geração, têm baixa emissão de ruído e gases poluentes, além de incorporarem inúmeras inovações tecnológicas em comunicações e ferramentas de navegação, como os EMB-120 Brasília, da Embraer e os ATR-600, ATR-72-500 e ATR-42-500 da divisão Avions de Transport Regional da Aerospatiale francesa.

Pelas suas características, os turbohélices são ideais para a aviação regional, que costuma operar rotas de curta distância e baixa densidade (menor volume de passageiros). Mesmo em mercados altamente desenvolvidos, como os Estados Unidos, esse tipo de avião é usado pelas grandes empresas aéreas ou por suas subsidiárias.